sábado, 14 de novembro de 2009

Crepusculum

Na escuridão da noite toma-se conta do meu corpo uma inspiração impressionante é como se eu respirasse as palavras, por um instante tenho a sensação que posso lê a alma do mundo. Ah! Uma viagem alucinógena, um estado de êxtase extracorpóreo, os sentidos se desprendem das coisas materiais, assim posso contemplar o sentido real que está omitido atrás de cada palavra, um mistério, que nem contemplando o interior de um grande livro posso entender, é como uma razão inutilmente devassa. E quando dou por mim, acordo, era apenas um sonho, fugir à realidade? Não, apenas penetrar um mundo superior. Lá a felicidade habita! Quando estou nessa transição de mundos, tenho o desejo de lá permanecer, pois tenho a sensação de que minha situação futura lá será melhor do que minha vida presente, entretanto sinto-me preso a esse mundo terreno. Mesmo que sendo quase que totalmente puro para lá habitar, preso estou a coisas que para alguns são fúteis, o amor e a amizade.

O segredo de toda essa “viagem”: Tudo acontece por intermédio da claridade misteriosa que vem ao anoitecer. Compreende? Não? Sinto muito, mas apenas as pessoas realmente puras desvendam esse mistério.

Crepusculum: Claridade frouxa que precede a escuridão da noite. = anoitecer, arrebol, lusco-fusco, ocaso.