sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Uma estranha sexta-feira

Naquela noite fazia um friozinho pequeno, porém gostoso, o ar? Cheiroso e fresco. Diante disso me veio uma tremenda vontade de sair de casa, fui caminhando pela rua até uma pracinha não muito longe. Chegando lá me sentei num banco e instintivamente olhei para o céu, no momento que fixei meus olhos para observar a lua, apaguei. Apaguei? Foi como se eu tivesse me desprendido do meu corpo, senti uma paz imensa tomando conta de cada parte dele. Fez-se assim um tipo de ligação entre o corpo físico e plano mais sutil. O denso e sutil. Como pode isso acontecer? Sinceramente não sei o que dizer. Será loucura? Ou na verdade consegui fazer o que poucos conseguem, sentir na pele uma estranha sensação, só de admirar uma Lua?

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Um problema sem solução.

A incerteza me consome. Posso ser a pessoa mais feliz do mundo, mas sempre há as incertezas. Por que tem que ser assim? Não basta apenas estar feliz? Seria tudo tão melhor se fosse assim. Mas, hoje sei que a incerteza, que é de fato inerente a todos nós humanos, é o nosso ponto fraco. Pois, se tentarmos pegar um ponto de referência interno, sempre acabamos nos submetendo à loucura do ego ou da auto-imagem, e assim sentimos aquela sensação de estarmos separados da nossa real fonte, o amor e a felicidade , diante disso a incerteza dos acontecimentos cria medo e dúvida. Enfim, tenho a certeza de alguma coisa? Isso é um sonho? Dúvidas? Medos? Tudo é tão relativo, sei apenas que a única certeza que tenho é a certeza que a incerteza toma conta de nós, de corpo e alma, até hoje um problema sem solução.

sábado, 14 de novembro de 2009

Crepusculum

Na escuridão da noite toma-se conta do meu corpo uma inspiração impressionante é como se eu respirasse as palavras, por um instante tenho a sensação que posso lê a alma do mundo. Ah! Uma viagem alucinógena, um estado de êxtase extracorpóreo, os sentidos se desprendem das coisas materiais, assim posso contemplar o sentido real que está omitido atrás de cada palavra, um mistério, que nem contemplando o interior de um grande livro posso entender, é como uma razão inutilmente devassa. E quando dou por mim, acordo, era apenas um sonho, fugir à realidade? Não, apenas penetrar um mundo superior. Lá a felicidade habita! Quando estou nessa transição de mundos, tenho o desejo de lá permanecer, pois tenho a sensação de que minha situação futura lá será melhor do que minha vida presente, entretanto sinto-me preso a esse mundo terreno. Mesmo que sendo quase que totalmente puro para lá habitar, preso estou a coisas que para alguns são fúteis, o amor e a amizade.

O segredo de toda essa “viagem”: Tudo acontece por intermédio da claridade misteriosa que vem ao anoitecer. Compreende? Não? Sinto muito, mas apenas as pessoas realmente puras desvendam esse mistério.

Crepusculum: Claridade frouxa que precede a escuridão da noite. = anoitecer, arrebol, lusco-fusco, ocaso.